Cervejeiros interessados em participar da 5ª edição do Concurso Brasileiro de Cervejas de Blumenau devem ficar atentos. O prazo de inscrições termina no dia 31 de janeiro e não será prorrogado. Para participar é preciso ar o site do Festival, por meio do endereço www.festivaldacerveja.com, na aba Concurso. 184t46
Para se inscrever basta ar o link das inscrições e seguir o o a o. Este ano a participação funciona como uma loja online. As cervejarias devem inscrever cada rótulo de forma individual e adicionar em seus carrinhos de compra. Após a confirmação, recebem um email com resumo do pedido e o boleto para pagamento. Todas as informações, bem como a premiação, estão disponíveis no regulamento, anexado na mesma página de inscrição.
O Concurso
Considerado um dos cinco concursos cervejeiros mais importantes do mundo, o Concurso Brasileiro de Cervejas acontecerá de 4 a 6 de março e fará parte da programação do Festival Brasileiro da Cerveja. Em 2016, a competição registrou recorde de participações. Foram 1.469 inscrições, um acréscimo de 73% com relação ao ano anterior, quando 874 se inscreveram. O número de cervejarias também aumentou. Foram 222, 63% a mais que em 2015.
Se compararmos aos anos anteriores de Concurso Brasileiro de Cervejas, os números são ainda mais expressivos e mostram um crescimento contínuo do evento. Em 2013, a organização registrou 215 inscrições. No ano seguinte, em 2014, o número ou para 414 e em 2015 aumentou ainda mais, para 874.
Para 2017 a grande novidade será a inclusão de quatro subestilos na categoria Cerveja Brasileira. A categoria será separada por cervejas que possuem adição de frutas, adição de ervas e especiarias, adição de madeiras e adição de ingredientes brasileiros como lúpulo, malte e levedura. Mudança, que segundo a organização, visa valorizar ainda mais os ingredientes do nosso país, já que o concurso é exclusivamente brasileiro.
Texto: Felipe Rodrigues
]]>A partir de 2017 a Câmara de Vereadores de Blumenau ará a disponibilizar o serviço de áudio-descrição dos eventos realizados pelo Legislativo. A medida atende a pedidos da comunidade e segue o projeto de ibilidade da Casa.
O trabalho consiste em narrar fatos visuais, como fotos e imagens, aos cegos e portadores de deficiência. Uma áudio-descritora irá, através de um sistema eletrônico e fones de ouvidos, descrever o ambiente e tudo que estiver acontecendo visualmente naquele local, inclusive no de votação. Quando houver demanda, também será realizada áudio-descrição das sessões solenes, fotos e imagens veiculadas no site da Câmara e obras de arte expostas no Salão Nobre.
Segundo a áudio-descritora Mara Kortelt, depois de ter implantado o sistema de Língua Brasileira de Sinais – Libras, há pouco mais de um ano, o Legislativo blumenauense dá mais um o em direção à Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, instituída em 2015. “Essa ferramenta permite o o democrático às decisões tomadas pela Câmara de Vereadores. A pessoa com deficiência também tem o direito de saber o que está sendo decidido”, afirma a profissional.
O presidente da Câmara de Vereadores, Mário Hildebrandt (PSB), destacou que durante o mandato da atual Mesa Diretoria o Legislativo trabalhou sempre pensando na inclusão social. “A língua brasileira de sinais nas sessões deu a oportunidade de incluir as pessoas com deficiência auditiva e agora abrimos espaço para que as pessoas com deficiência visual tenham o ao que acontece no espaço físico Legislativo”. Lembrou ainda que assim que a TV digital for implantada as pessoas poderão ter o à áudio-descrição em suas casas.
A intenção do Legislativo é oferecer a áudio-descrição já na posse dos vereadores para a próxima legislatura, que será realizada dia 1º de janeiro, às 17h, no Teatro Carlos Gomes. “Se todo o processo licitatório acontecer sem imprevistos, dentro das normas legais, com certeza na posse teremos a áudio-descrição e haverá condição de as pessoas com deficiência visual acompanharem os acontecimentos desse evento”, finalizou.
Exemplo de áudio-descrição da foto: foto colorida de um prédio de quatro andares com esquina chanfrada. O prédio é gelo com detalhes em tijolos à vista na fachada principal e entre os andares. O beiral no alto do prédio é largo. As janelas estão próximas umas das outras e estão dispostas de forma simétrica. O andar térreo possui vidros espelhados e toldos cinza em toda a sua extensão. A porta principal é de vidro com duas folhas. Ao lado superior esquerdo da porta está número 55. Na fachada principal, abaixo da janela do último pavimento, em letras artísticas metálicas está escrito Câmara Municipal. À frente da janela do primeiro andar estão hasteadas, da esquerda para direita, as bandeiras de Santa Catarina, Brasil e Blumenau. Na calçada, próximo à entrada principal, há um semáforo. A direita vê-se parcialmente uma rua e palmeiras. Ao fundo o céu. Roteiro: Mara Kortelt
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Vagões de Lembrança
Um livro que só acrescenta mais sobre a nossa antiga EFSC – Estrada de Ferro de Santa Catarina inaugurada em 1909 em Blumenau, infelizmente desativada em 13 de março de 1971. O autor fez entrevistas com muita gente que fez parte da história riquíssima de nossa EFSC. E ao abordar sobre todas as Estações que compunham a EFSC, em consequência os entrevistados contam parte da história de Blumenau e região. Maravilhoso conteúdo. Parabéns Felipe Adam, jovem escritor com sucesso desde seu primeiro livro!
Jornalista nascido em Blumenau, formado na UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí. Agradeço por citar meu nome.
Contato: e-mail [email protected]
Alinhavando “Poesia”
Um livro de poesias escrito pela consagrada e renomada escritora gasparense Arlete Trentini dos Santos. Já recebeu diversos prêmios e comendas. Embaixadora da Paz da Divine Academie Française des Arts Letres el Culture, Membro Efetivo da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta brasileiro entre outros adjetivos. O livro de fácil agradável leitura apresenta diversos poemas. Colaborador a e colunista no Jornal Sem Fronteiras de Gaspar/SC.
Contato: e-mail [email protected]
Ecos de um Peta
Um livro maravilhoso de autoria de Júlio Cesar – JC BRIDON, nascido em Blumenau e casado com a gasparense escritora Arlete Trentini dos Santos . O autor escreve no Jornal Metas e no Jornal Cruzeiro do Vale ambos de Gaspar. Embaixador da Paz da Divine Academie Française des Arts Letres el Culture, Membro da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, cadeira 12, entre outras atribuições e virtudes “Podem me impedir de escrever mas, de pensar, jamais” JC BRIDON.
Contato: e-mail [email protected]
Agradeço a todos pelo carinho!!!
]]>1. INTRODUÇÃO
Enquanto pensava, aqui diante do computador, em como começar este texto, me veio à lembrança umas fotos que recebi, faz poucos anos, dos Açores. Creio que por dois ou três anos colaborei com um jornal de lá, o que me granjeou diversas amizades naquela terra européia perdida no meio do mar, e um dos meus leitores, um escritor já muito idoso e dado ao hábito de muito fotografar, me mandou lindas fotos do interior da ilha em que morava, São Miguel. Sabia, já naquela altura, que, partidas por sucessivas divisões feitas por heranças ao longo de mais de cinco séculos, as terras açorianas estavam divididas em propriedades cada vez mais minúsculas, e as fotos que recebi mostravam bem o que sabia, mas eram lindas aquelas fotos, com os pequenos lotes de terra cuidadosamente cultivados ou, no mais das vezes, transformados em pastos para um gordo gado que abastecia a Europa de leite, queijo e carne.
Além de lindas, as fotos me despertaram outra curiosidade: as cercas. Com tão minúsculos pedaços de terra, era impossível que logo no primeiro plano das fotos já não existissem as cercas, e lá estavam elas, de madeiras irregulares, cortadas, dispostas e pregadas irregularmente, muito diferentes das cercas às quais eu estava acostumada desde a minha infância.
Como eram as cercas da minha infância e as cercas que até hoje conheço e convivo no Vale do Itajaí/Brasil? Como a parte deste Vale aonde vivo é de colonização alemã, as cercas quase sempre são feitas de materiais muito uniformes (estaquetas, telas, tijolos, sejam quais os materiais que forem), numa uniformidade que levam a pensar no senso estético que, de maneira geral, agrada ao descendente dos moradores dos antigos estados alemães que aqui vivem. Não é possível que se generalize e se diga que tal gosto é um gosto exclusivo dos descendentes de alemães, pois hoje é muito grande a quantidade de etnias que convive no Vale do Itajaí, mas, no mais das vezes, as cercas das casas e de outras propriedades mantêm uma simetria que, ao longo da minha vida, fui cada vez mais associando à coisa cultural do alemão.[1]
Na minha adolescência tive a oportunidade de conviver largamente com as gentes de origem lusa que então viviam em Armação do Itapocoroy, município de Penha/SC, e quando, na década de 1990, recebi aquelas fotos dos Açores, lembrei-me imediatamente das cercas que então eram usadas pelos pescadores de Armação do Itapocoroy, tão irregulares e sem simetria em 1970 quanto as açorianas de 1970.[2]
As considerações acima são um tanto quanto antropológicas, mas foi um exemplo que me veio com muita força, quando comecei a pensar no estudo de caso que quero em fazer. É um exemplo que ilustra bem que dentro das etnias européias, consideradas “brancas” pelos projetos de formação do povo brasileiro que são criados após a segunda metade do século XIX, etnias que, a princípio, eram bem-vindas em pé de igualdade pelas elites brasileiras dos séculos XIX e XX, mas onde havia muitas diferenças culturais, e que mesmo entre elas criavam-se sérios problemas de aceitação ou não pelos indivíduos que as compunham, quando, de alguma maneira, se “mesclavam” ou “misturavam”. Considero que este preâmbulo é necessário para entrar no meu estudo de caso.
2. O ESTUDO DE CASO
2.1 O LUGAR DE ORIGEM
A pessoa “estudada”, no caso, é uma mulher que hoje (2004), está com 83 anos e é proveniente de uma região de colonização lusa próxima do litoral de Santa Catarina, Tijucas. Essa região tem uma colonização bastante antiga feita por portugueses e seus descendentes, tendo, no final do século XIX, tido também uma colonização italiana. A pessoa estudada prefere não se identificar e pediu para ser chamada de Gilda. Além de não itir a sua identificação, Gilda negou-se a gravar uma entrevista de História Oral. Os depoimentos que obtivemos dela são produto de uma longa convivência, onde as histórias foram sendo contadas aos poucos.
Gilda nasceu em 1921 bastante afastada do centro nervoso do Brasil, isto é, o Rio de Janeiro, lugar onde estava o governo central do país, onde se decidiam as coisas da política, da economia, da cultura, onde, naquela altura de Primeira República, os então cientistas procuravam programar um futuro étnico para o Brasil, que tinha como eixo central um ideal de branqueamento. Giralda Seyferth[3] vai nos falar mais a respeito:
“O ideal de branqueamento ganhou o reforço das teorizações racistas intensificadas no final do século XIX e tornou-se tema de uma incipiente “ciência das raças” à brasileira, que deu respaldo acadêmico às especulações sobre o poder branqueador do processo de miscigenação herdado dos tempos coloniais. Assim, ao pessimismo de Nina Rodrigues, que imaginava o Brasil irremediavelmente atrasado em face da presença substantivas de “raças inferiores” e “mestiços inferiores”, opõe-se o otimismo de João B. de Lacerda, antropólogo do Museu Nacional, que visualizou a possibilidade do branqueamento fenotípico do brasileiro do futuro por meio de um processo seletivo de mistura racial num prazo de três gerações.(...)”.
Com poucas palavras Giralda Seyferth resume o pensamento que corria pelo Brasil, nesse tempo, sobre a futura formação do seu povo, o que estava fazendo com que, desde a década de 1820, se pensasse em trazer imigrantes para o nosso país, principalmente imigrantes “brancos”, de origem européia.
Gilda era uma brasileira branca, de origem européia. A princípio, sua vida não teria maiores problemas quanto à sua cor e/ou etnia, já que era muito clara, de cabelos castanhos e olhos verdes. Não era uma pessoa que tivesse que ar pelo cientificismo “branqueador” que existia no país. Apesar da sua origem lusa, crescera ela na casa do padrinho, agricultor, imigrante italiano, e muito absorvera da cultura italiana do padrinho e demais parentes dele, tanto costumes, quanto forma de religião, um pouco da língua, etc. O padrinho e os costumes absorvidos também eram de proveniência européia, de “gente branca”, e a mescla de sua origem lusa com a cultura italiana do padrinho não chegou a lhe causar maiores problemas. Ela freqüentou a escola possível na época, que eram três anos de ensino básico, e teve algumas regalias que não eram comuns a todos os brasileiros desse tempo onde a comunicação era incipiente, como a convivência com um padre holandês que era doutor em Teologia[4], e do qual, até hoje, lembra e relembra os ensinamentos, bem como a convivência com algumas lideranças locais, italianos de cultura européia moderna, diferente da maioria dos brasileiros daquela localidade, e com os quais estava em contato através do padrinho e da igreja.
Gilda cresceu no momento em que o Brasil começava um projeto de industrialização de base nacionalista, que se alastrara até Santa Catarina, formando os três primeiros núcleos industriais do Estado: Blumenau, Brusque e ville. O país, que até então fora rural, começava a necessitar de mão-de-obra especializada nos diversos ramos da indústria, e era necessário que houvesse excedentes nessa mão-de-obra, para garantir seu funcionamento sem interrupções. A falta de excedentes sempre colocaria as empresas industriais em risco de alguma greve, coisa que o Capitalismo não podia permitir, pois paralizações poderiam levar a falências ou prejuízos. Assim, na década de 1930, o Presidente Getúlio Vargas vai direcionar a legislação do país para que e a causar entraves aos agricultores, forçando muitos deles a abandonar a agricultura e a mudar-se para as cidades industriais, atraídos pelo emprego que então era conseguido facilmente.[5] Gilda contou como eram tais dificuldades: até àquela data um agricultor podia matar um porco, vender sua carne, sua banha e demais derivados sem nenhum problema – a partir das novas leis, se um agricultor quisesse vender uma lata de banha, teria que ter um contador, organizar uma contabilidade, comprar caros selos que significavam os impostos. Tornava-se bastante difícil a vida de um agricultor. Assim, como tantos outros agricultores, ela acabou deixando a vida agrícola e mudando-se para a cidade de Blumenau, onde de imediato conseguiu emprego na antiga Empresa Industrial Garcia.
Blumenau era um outro mundo, no sentido de ter outra colonização, outros costumes, outra língua e ser industrializada, e ela afirma até hoje: “Deram-me emprego porque eu era bem crescida, bem saudável, bem branca.” Tinha 17 anos, então, e na Europa estava a rebentar a Segunda Guerra Mundial.
2.2 A MIGRAÇÃO
A cidade de Blumenau, na época, vivia sua nona década desde a fundação. Situada no Vale do Itajaí, Estado de Santa Catarina, fora fundada por um alemão chamado Hermann Bruno Otto Blumenau e colonizada, principalmente, por alemães, se considerarmos seu núcleo inicial. Pelo resto do Vale, diversas outras etnias tinham se estabelecido, enfatizando-se a presença de italianos que tinham chegado a partir de 1875. No espaço que hoje (2004) é o município de Blumenau, no entanto, a presença alemã era predominante. Voltando a Giralda Seyferth:[6]
“(...) As críticas sobre o modo de colonizar o Sul (...) não resultaram em práticas outras: as colônias continuaram recebendo imigrantes europeus e seus descendentes, e os brasileiros em geral continuaram excluídos.
Até a década de 1940, algumas questões configuraram-se mais diretamente vinculadas ao debate sobre a identidade nacional brasileira e ao problema da imigração, e serão brevemente analisadas neste trabalho:
(...)
c) A questão étnica suscitada pela emergência, ainda no final do período imperial, das etnicidades construídas a partir da experiência compartilhada do processo imigratório. Nesse contexto, a etnia paradigmática da exclusão é a alemã, considerada a mais irredutível ao caldeamento e à assimilação. (...).” [7]
Giralda Seyferth como que dá a “chave” para os acontecimentos que Gilda vai contar a seguir. Para situar melhor a época, é necessário que se olhe o governo de Getúlio Vargas não apenas como auxiliar valioso na implantação da industrialização brasileira, mas também no autor de um programa diferente do até então seguido para a formação de uma “raça” brasileira. Se até seu governo o que se discutia na academia e entre muitos cientistas era o “branqueamento” do povo, Vargas vai inverter o processo, desconsiderando o eurocentrismo então vigente para criar um outro personagem que deveria nortear a vida do Brasil de então adiante. O fato é analisado da seguinte forma por Seth Garfield[8]:
“Como parte de seu projeto multifacetado de construção de um Brasil novo – mais independente economicamente, mais integrado politicamente e socialmente mais unificado, Vargas voltou-se para o valor simbólico dos aborígenes. (...) Os índios eram defendidos por Vargas por conterem as verdadeiras raízes da brasilidade.
(...)
Ao difamar o europeu e consagrar o indígena, os ideólogos e intelectuais da Era Vargas inverteram ou subverteram a concepção eurocêntrica da história da cultura e do destino nacional, vigente na elite brasileira. A essência da brasilidade havia sido redefinida por membros da elite e daintelligentsia: ela não atravessou mais o Atlântico, mas brotou do solo da nação, da sua fauna, flora e dos seus primeiros habitantes.”
Se Vargas tinha um novo projeto de Brasil e começava a aplicá-lo a nível nacional, tal realidade não chegava a interferir com o que acontecia na antiga colônia Blumenau, onde os alemães e seus descendentes continuavam sendo a etnia “mais irredutível ao caldeamento e à assimilação”.[9] Há que se lembrar da nota de rodapé nº 1, onde convencionou-se que a palavra “alemão” designaria tanto os habitantes dos antigos estados que iriam formar a Alemanha em 1871 quanto seus descendentes. Um novo fenômeno vai acontecer em 1890, quando se cria, a partir da Alemanha, a doutrina do pan-germanismo, e o conseqüente “deutchstum”, o que poderíamos traduzir como “germanismo”, mas que não será discutido neste espaço. Continuar-se-á a usar a palavra “alemão” quando necessário se fizer referir-se aos habitantes de língua alemã que viviam em Blumenau.
Gilda, brasileira branca de origem européia, vê-se então entre outra gente branca, de origem européia, que não está interessada no projeto nacionalista de Vargas, e que vê em Gilda um ser inferior, uma “cabocla”. A definição de caboclo é a de mestiço entre o branco e o índio, mas na cidade de Blumenau tal palavra tem outra conotação: para o “alemão”, “caboclo” é quem não é alemão nem de “origem”[10] alemã. Nessa altura, é muito grande o número de filhos, netos e outros descendentes de alemães imigrantes já nascidos no Brasil, mas a comunidade continua a se sentir “alemã”, mesmo já sendo brasileira de diversas gerações. Ela “cabocliza” as etnias que não falam alemão, principalmente as pessoas de etnia lusa, e que ainda por cima são católicas, já que é muito grande o número de protestantes luteranos que vivem na cidade de Blumenau de então e de agora. É como cabocla que Gilda é recebida na nova comunidade, pois detém três graves defeitos: tem sobrenome luso, á católica e não fala a língua alemã. As discriminações que vai sofrer por conta desse acaboclamento resultante da migração pela qual a são muito grandes em quase todos os ambientes: no emprego, conseguido por ser “bem branca”, na família do rapaz com quem vai namorar a seguir, por ser etnicamente diferente, etc. São quase infinitas as queixas e considerações que Gilda tem sobre as segregações e discriminações que vai sofrer logo na sua chegada e ao longo de algumas décadas adiante. Embora Jeffrey Lesser vá dizer que “A ‘brancura’ continuou como um requisito importante para a inclusão na ‘raça’ brasileira, mas o que significava ser ‘branco’ mudou de forma marcante entre 1850 e 1950” [11], o grupo étnico alemão, ao considerar “caboclos” aos demais grupos étnicos, reserva para si tal “brancura”. Giralda Seyfert de novo vai tomar da palavra[12]:
“Os grupos imigrados construíram suas identidades étnicas (...) baseados na percepção das diferenças em relação à sociedade brasileira. (...) A retórica etnocêntrica que acompanhou a elaboração das identidades estabeleceu o caboclo como o outro, o oposto ao imigrante europeu. – categoria usada como sinônimo de brasileiro. Esse sistema categórico construído por oposição envolve, principalmente, critérios raciais e formulações subjetivas acerca do caráter e da mentalidade – em que o caboclo aparece como indivíduo racialmente inferior, e o epípeto de “preguiçoso” é o menos carregado de intenções pejorativas. (...) Na representação do pioneiro, a categoria colono (trazida do jargão oficial) identifica os imigrantes europeus e seus descendentes, e a colonização é definida como um processo civilizatório instaurado na selva brasileira. Nela, certamente o caboclo brasileiro ocupa a posição de bárbaro diante de civilizados!”
A intenção deste texto é mostrar a história da personagem Gilda como migrante, e assim ficará de fora toda uma discussão que poderia ser feita aqui sobre etnicidade, pertencimento, etc., que caracterizaria ainda melhor a sociedade “alemã”, ou “de colonos”, como poderemos chamá-la daqui para a frente, em contraposição à cultura, língua, religião e demais costumes da cultura de onde Gilda provinha.
Taxada antecipadamente como “preguiçosa” e outros adjetivos ainda mais contundentes, Gilda adentra ao novo ambiente disposta a se fazer respeitar nele. Segundo ela, aprendeu que “quem fica quieto acaba vencendo”, e muito deve ter se calado para chegar hoje à posição de respeito que ocupa na mesma sociedade para onde migrou faz 70 anos, e que por antecipação já a excluía. Ela conta das grandes barreiras enfrentadas quando começou um namoro com rapaz “colono”, “de origem”, “alemão” (quando, na realidade, de alemão ele só tinha um avô). Ela não era “de origem”, como se a única origem válida para uma pessoa fosse a alemã. Origem lusa não era “origem”, bem como muitas outras. Assim, sem “origem”, Gilda vai enfrentado o a o cada rejeição que sofre na família do noivo (bem como nos outros ambientes aonde vive, como no trabalho, por exemplo), e acaba se casando com o mesmo. “Mantinha a casa sempre impecavelmente limpa e arrumada, para que não pudessem falar” – lembra ela. “Jamais deixava qualquer líquido escorrer pela beirada do fogão (os antigos fogões de tijolos), para que nunca alguém pudesse chegar e dizer que o meu marido se casara com uma cabocla que não era limpa.” É possível se imaginar a constante tensão em que vivia Gilda, continuamente sob pressão, constantemente tendo de provar ser ela tão boa ou melhor que os “alemães”, para, de alguma forma, diminuir a rejeição onde vivia. Ao mesmo tempo, tem um bom relacionamento com o marido “de origem”.
“O meu marido se casou comigo para valer, para sempre. Era alguém que gostava realmente de mim.” Portanto, a exclusão no público não vai interferir no privado, e ela conta com orgulho como, aos poucos, a partir do casamento, o jovem marido vai ando a gostar sempre mais da sua comida do que da comida da mãe dele. É como uma redenção – é a aceitação dos seus costumes. Até hoje ela critica muito certos costumes alemães: “O feijão de vara, a cenoura, etc., eu refogava numa a e depois os ensopava sem jogar o caldo do próprio legume fora. Os alemães cozinhavam até ficar mole, jogavam toda a água fora e depois comiam o legume com vinagre. Jogavam fora a melhor parte da comida, a parte onde estavam as vitaminas, as coisas boas. Eu era cabocla, mas sabia melhor que eles o que era bom para a saúde.”
Sua redenção parece ter sido no dia em que um cunhado esteve a visitá-los, e depois comentou com seu marido: “A tua mulher é limpa mesmo! Não é como a mulher de Fulano (uma “alemã”) que deixa o café escorrendo pela beirada do fogão” – referindo-se à forma como ela mantinha o fogão e o resto da casa. Quase setenta anos depois, ela lembra muito bem daquele momento.
Quando vieram as crianças, seu cuidado redobrou. Tinham que estar sempre muito limpas, muito bem cuidadas, de um jeito que não permitisse que qualquer parente “alemão” pudesse fazer qualquer crítica. A tensão continuava , e ela sabe como, nas festas da família, suas cunhadas mostravam suas crianças para os estranhos e diziam: “Veja que bonitinha! Tadinha!” – e ela sabia que o “tadinha” era um adjetivo que significava que se tratava de uma criança mestiça, portanto, de qualidade inferior, filha de uma cabocla.
Naquelas primeiras décadas de tensão ela adaptou-se o mais que pode ao grupo no qual penetrara, tentando vencer suas diferenças de migrante. As cercas de estaquetes da sua casa eram tão simétricas e bem feitas quanto as de qualquer outro “alemão”; seu jardim era composto por retilíneos canteiros de rosas e violetas, e ela plantava gérberas em filas tão “prussianas” quanto qualquer das suas cunhadas. Além da casa, do jardim e dos filhos, ela muito trabalhou para ajudar o marido, pequeno comerciante, e assim, aos poucos, acabou conquistando um respeito que não tinha no começo, diante da família do marido e da sociedade em geral. Deve ter demorado, no mínimo, umas três décadas. Ela viu todo o desenrolar da Segunda Guerra Mundial em Blumenau, viu o processo de nacionalização que o governo Vargas promoveu, viu a gente da qual agora ara a fazer parte ser obrigada a falar a sua língua (ela conta que inúmeras vezes foi censurada por falar palavras do português que os “alemães”, no seu parco entendimento de tal língua, lhe censuravam pelo uso), viu as muitas outras migrações para a cidade de Blumenau. O “colono” foi, muito lentamente, absorvendo as realidades brasileiras, sendo que, nas palavras dela, “Alguns não têm jeito. Continuam sendo “de origem” e não se interessam por mais nada.”
Gilda criou bem sua família, cuidou do seu marido até seu falecimento prematuro, aos 62anos, portanto, há mais de vinte anos, teve tempo, mais de uma vez, já na sua viuvez, de ir cuidar de cunhadas que estavam doentes, em cidades distantes, conquistando cada vez maior respeito na sociedade e na família. Ela está viva o tempo suficiente para ter visto diversas coisas: sua cultura primeira, sua migração e uma cultura nova, à qual se adaptou com firmeza, o processo de nacionalização, o recriar da cultura do pessoal “de origem”, quando Blumenau criou a Oktoberfest, em 1984. Com a criação da Oktoberfest, ela demonstrou muita emoção. Era uma festa que a fazia lembrar de tempos antigos, quando, mesmo cabocla a ser humilhada a todo instante, viveu os tempos coloridos da juventude, enfrentou uma família ferrenhamente “de origem”, casou-se.
2.3 HOJE
Hoje Gilda vive um refluxo da sua cultura original. Ela é economicamente independente; seus filhos tiveram sucesso econômico e profissional na vida e ela recebe considerações de pessoas e grupos estranhos por isto, além de ser considerada por sua própria personalidade que enfrentou as adversidades e lutou contra costumes estabelecidos, saindo vencedora de uma luta que durou quase toda a sua vida. É bastante evidente o quanto lhe importa o fato de ter conquistado o respeito da família do marido, que hoje lhe tem grande consideração, como é evidente a surpresa que tem quando vê autores portugueses famosos internacionalmente, como Eça de Queiroz ou o prêmio Nobel de Literatura José Saramago, usando palavras que lhe foram censuradas na juventude.
Gilda, hoje, não deve explicações de sua vida a ninguém, e então a sua cultura original pode refluir sem críticas, e basta-se chegar ao portão do jardim da sua casa para entender isto. Acabaram-se as gérberas em filas prussianas; acabaram-se as fileiras retilíneas de roseiras. Seu jardim é, hoje, exatamente um jardim português, com todas as plantas e flores misturadas, bem como se pode ver na maioria dos jardins daquele país ibérico. Sua casa é cercada por um muro retilíneo como os muros “alemães” que foram falados na introdução deste texto, mas nada a impediria de fazer novas cercas como as da sua cultura lusa. Como migrante, algumas coisas ela acabou absorvendo da nova cultura, e como podemos ver num texto traduzido por Eunice Nodari[13]: “Grupos étnicos em cenários modernos estão constantemente se recriando e a etnicidade está sendo reinventada continuamente como resposta às realidades inconstantes tanto dentro do grupo como na sociedade anfitriã.”
Assim, com a liberdade do respeito adquirido e da idade, Gilda hoje pode viver a sua real personalidade, que vamos tentar explicar qual seja: já não é mais a personalidade da mocinha “cabocla” que um dia avançou para dentro do terreno “inimigo”, nem a mulher “de origem” com a qual quis se parecer quando vivia sua luta pela conquista de respeito e de um lugar ao sol. Hoje ela pode se dar ao luxo de ter seu jardim luso e seu muro mais ou menos prussiano sem ter que explicar nada a ninguém.
CONCLUSÃO
No estudo de caso efetuado ficou bastante claro como uma cultura pode ser “absorvida” por outra, pelo menos durante algum tempo. São muitíssimos os casos de migrações pelo mundo, e há de haver tantos outros casos de rejeição/absorção/interpenetração/ e/ou outras possibilidades a cada vez que uma migração acontece. Sentimentos nos quais sequer se pensa, às vezes estão embutidos nos machucados e dores que as mudanças acabam provocando em grande parte dos migrantes, sentimentos que os ajudam a sobreviver no novo ambiente, onde, como no caso estudado, até a língua original era negada, primeiro num todo, depois, em parte. Também se pode observar que o migrante, de alguma forma, conserva sua cultura original, e, havendo a possibilidade, ela ressurge, mesmo que já ressurja mesclada com coisas da cultura adotiva. Novas sociedades se formam a partir do encontro de etnias diferentes, como é o caso de Blumenau, que já não é “colona” e nem “cabocla”, mas uma nova cidade onde ainda continuam se mesclando as muitas etnias que para ela migraram e continuam migrando.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONZEN; Kathleen Nehls; GERBER, David A.; MORAWSKA, Eva; POZZETTA, George E.; VECOLI, Rudolph J. Fórum. The Invention of Ethnicity: A perspective from the U.S.A. In: Journal of American History. Fall, 1992. Traduzido por Eunice Sueli Nodari
GARFIELD, Seth. As raízes de uma planta que hoje é o Brasil: os índios e o Estado-Nação na Era Vargas. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, n. 39, 2000, p.13-36
LESSER, Jeffrey. O Hífen Oculto. In: A negociação da identidade nacional: imigrantes, minorias e a luta pela etnicidade no Brasil. São Paulo: Editora da UNESP, 2001, p. 17-35
SEYFERTT, Giralda. Identidade Nacional, diferenças regionais, integração étnica e a questão imigratória no Brasil. In: ZARUR, George de Cerqueira Leite. Região e Nação na Aqmérica Latina. Brasília: Editora da UnB: São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000, p. 81-109
[1] Deixo convencionado que sempre que eu usar a palavra “alemão” ou “descendente de alemão”, estarei me referindo aos descendentes dos moradores dos antigos Estados que, em 1871, vão dar origem ao país que hoje conhecemos como Alemanha. Quando quiser me referir a algum alemão nato, darei a devida informação. (Nota da autora)
[2] Como quase tudo o mais que recebe a influência deste mundo quase globalizado, as próprias cercas irregulares de Armação do Itapocoroy praticamente desapareceram. (Nota da autora)
[3] SEYFERTH, Giralda. Identidade nacional, diferenças regionais, integração étnica e a questão imigratória no Brasil. In: Região e nação na América Latina. Org. ZARUR, George Cerqueira Leite. Brasília: UnB, s.d.
[4] Padre Jacob Hudleston Slatter (Nota da autora)
[5] A legislação que vai dificultar a vida do agricultor consiste numa série de leis complementares principalmente à Constituição de 1934, além de outros atos, como Decretos. O Professor Mestre em Educação e Geógrafo, Aldo Moretto Sobrinho, realizou a pesquisa sobre tal legislação, tendo usado como fonte, principalmente, boletins que eram emitidos para os Contabilistas da época. Esta informação foi confirmada com o referido professor, verbalmente, em julho de 2004.
[6] SEYFERTH, Giralda. Op.cit. p. 88
[7] Grifo da autora.
[8] GARFIELD, Seth. As raízes de uma planta que hoje é o Brasil: os índios e o Estado-Nação na era Vargas. In: Brasil, Brasis. Revista Brasileira de História nº 39, v. 20. São Paulo: ANPUH, 2000.
[9] SEYFERTH, Giralda. Op. Cit., p. 88
[10] Até hoje, ano de 2004, Gilda usa a expressão “de origem” para designar os alemães e seus descendentes, como se ser “de origem” significasse ser alguém “melhor” na escala social. (Nota da autora)
[11] LESSER, Jeffrey. O hífen oculto. In: A negociação da identidade nacional: imigrantes, minoria e a luta pela etnicidade no Brasil. São Paulo: Editora da UNESP, 2001. p. 21
[12] SEYFERTH, Giralda, op. Cit. P. 97-98
[13] CONZEN, Kathleen Nehls et alii. The invencion of Ethnkcity: A perspective from U.S.A. In: Journal of American History, Fall 1992. Traduzido por Eunice Nodari.
O projeto ‘Hotel Fischer: Fotografias & Memória’ apresenta ao público o livro que constrói e preserva a história do primeiro hotel de luxo de Balneário Camboriú, revelando a importante contribuição do empreendimento para o desenvolvimento da cidade. O lançamento da obra acontece no dia 20 de janeiro, no Sesc de Balneário Camboriú, às 19h30', em evento aberto ao público.
O projeto, patrocinado pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC) de Balneário Camboriú, foi desenvolvido entre janeiro e dezembro de 2016 pela equipe do Núcleo Catarinense de Fotografia e colaboradores. Os ex-proprietários do hotel, Klaus e Claudio Fischer, participaram intensamente da pesquisa, cedendo entrevistas e acompanhando a digitalização do acervo.
Mais de 500 fotografias relacionadas ao empreendimento, além de documentos complementares, foram utilizados como material de pesquisa para a construção da obra, que leva o mesmo nome do projeto, ‘Hotel Fischer: Fotografias & Memória’. A distribuição do livro será gratuita e a versão digital ficará disponível para no blog do projeto.
O Hotel Fischer foi inaugurado no dia 15 de dezembro de 1957, na Barra Sul de Balneário Camboriú, e é considerado um dos empreendimentos mais famosos do município, sendo um marco da arquitetura, da hotelaria e do turismo no Brasil. Ao longo dos seus 52 anos de atividade, recebeu hóspedes renomados, como os ex-presidentes da república João Goulart e Juscelino Kubitschek. Em 2009, o Hotel Fischer encerrou seus trabalhos e foi demolido em 2012.
Serviço:
Texto: Eliza Doré
]]>O Procon de Blumenau divulgou nesta quinta-feira, dia 12, a pesquisa de preços de material escolar. Realizada de 4 a 6 de janeiro, os pesquisadores analisaram 28 itens diferentes em dez estabelecimentos comerciais. Foi levado em conta o item mais barato, independente da marca.
Segundo a pesquisa, a cesta de produtos mais barata ficou em R$ 65,70, na loja Millium, onde todos os itens foram encontrados. Já a mais cara foi de R$ 132,86 na loja Quanta Coisa. O item que mais apresentou diferença de preço foi o apontador. Uma das lojas vende por R$ 0,10 enquanto que em outra saiu por R$ 6,99, uma diferença de 6.890%.
O diretor do Procon de Blumenau, Rodrigo Estevão, ressaltou a importância de se pesquisar antes de fazer as compras. “Os números mostram uma grande diferença. Por isso o consumidor que deseja economizar precisa avaliar bem o que cada estabelecimento oferece".
Confira a pesquisa completa no link https://goo.gl/IDXHzg.
Texto: Julimar Pivatto
]]>Jogadores do Clube Atlético Metropolitano aram por mais um treino físico, de qualidade e com profissionais qualificados, na tarde de hoje (17/01/2017). Os treinos estão se intensificando cada dia mais para o preparo ideal de cada um conseguir dar o seu melhor no Campeonato Catarinense 2017, que vai começar dia 29/01/2017 contra o Clube Atlético Tubarão, no estádio do Sesi as 17h.
]]>Numa iniciativa do prefeito em exercício, Mário Hildebrandt, a Prefeitura está contatando a Caixa Econômica Federal (Caixa) para ver a possibilidade jurídica e técnica de ajudar as famílias da região Sul do município (bairro Garcia) e que tiveram suas residências atingidas pelas chuvas intensas da semana ada. A proposta é fazer com que as famílias possam ocupar os apartamentos vazios do Programa Minha Casa Minha Vida I, que foram reintegrados à Caixa.
O objetivo da Prefeitura, além de não permitir que as famílias fiquem sem um teto para morar, é devolver a dignidade e assim garantir melhor qualidade de vida à comunidade, em especial daquelas cujas casas tiveram a estrutura comprometida em função das águas mesmo com o atendimento efetivado pela Defesa Civil do município.
Texto: Joni César
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Na madrugada desta quarta-feira, dia 11, a Ponte Aldo Pereira de Andrade (Ponte de Ferro), teve parte da fiação de cobre furtada. É a terceira vez em 30 dias que o local é alvo do mesmo tipo de ação. Foram roubados, somadas as três ocorrências, cerca de 600m de fios.
De acordo com a Diretoria de Iluminação Pública, as providências necessárias já foram tomadas. A iluminação para pedestres e na via de veículos já foi restabelecida, mas a decorativa, instalada no fim do ano ado, não está funcionando.
O diretor Glauco Gevaerd diz que os técnicos estão analisando medidas para tentar inibir a ação de vândalos.
Texto: Julimar Pivatto
]]>Em seus primeiros quatro dias a Sommerfest já recebeu 16.645 pessoas no Parque Vila Germânica, em Blumenau. Se comparado ao mesmo período de 2016, o público diminuiu 5,97%. Porém, os visitantes estão consumindo mais neste ano. Até o momento foram consumidos 41.469 copos de chope e 8.020 pratos, um acréscimo de 6,37% e 7,72% com a relação à edição anterior, respectivamente.
Para esta semana a expectativa continua sendo de muita alegria e diversão. Na quinta-feira, dia 19, quem faz a festa são as bandas Canarinho, Champagne, Stadkapelle e do Barril. Já na sexta, dia 20, se apresentam a Orquestra Continental, bandas Verde Vale, Cavalinho e Estrela de Ouro. Os horários e palcos de apresentação estão disponíveis no site da festa, no endereço www.sommerfestblumenau.com.br.
Texto: Felipe Rodrigues
]]>A utilização de animais de qualquer espécie em espetáculos circenses ou outros estabelecimentos itinerantes está proibida em território catarinense. É o que determina a Lei 17.081, de 12 de janeiro de 2017, sancionada pelo governador Raimundo Colombo (PSD). O projeto original é de autoria da deputada Ana Paula Lima (PT).
O estabelecimento que descumprir a norma será interditado imediatamente e receberá multa de R$ 10 mil a cada animal usado no espetáculo. Os recursos provenientes da arrecadação das penalidades serão recolhidos em prol do Fundo Especial de Proteção do Meio Ambiente (Fepema).
De acordo com a nova norma, os circos e outros estabelecimentos devem apresentar uma declaração de não utilização de animais nas atividades que desenvolvem para a obtenção de licença expedida pela Gerência Estadual de Fiscalização de Jogos e Diversões da Polícia Civil. Outra obrigação imposta a eles é expor cartazes com o texto da lei na íntegra em locais de fácil visualização ao público.
A lei já está em vigor desde a publicação na edição 20.453 do Diário Oficial do Estado, na sexta-feira (13). A regulamentação cabe ao Poder Executivo.
Santa Catarina é o 12º estado do país a adotar a proibição. Já há leis semelhantes vigentes em Alagoas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo.
Texto: Ludmilla Gadotti
]]>Com a intenção de facilitar o processo de compra de alimentos voltados a pessoas com restrições alimentares, a Lei estadual 17.077/2017 obriga supermercados, hipermercados e estabelecimentos similares a oferecerem em local único, específico e com destaque produtos para celíacos, intolerantes à lactose e diabéticos.
Publicada na edição 20.453 do Diário Oficial do Estado, em 13 de janeiro, a lei já está em vigor. Agora os estabelecimentos têm 180 dias para se adaptar às novas regras. O projeto original é de inicativa parlamentar, do deputado Kennedy Nunes (PSD).
A norma define que o termo local único “não se caracteriza apenas pelo mesmo ambiente de exposição, sendo possível a oferta de produtos de que trata a lei junto com os de sua própria categoria, porém de forma agrupada e em destaque, de modo a facilitar sua localização pelos consumidores”.
Conforme o texto da lei, é considerado local específico aquele designado exclusivamente para a oferta dos produtos para celíacos, intolerantes à lactose e diabéticos. Pode ser um setor do estabelecimento, um corredor, uma gôndola, uma prateleira ou um quiosque, desde que os itens sejam separados fisicamente e destacados dos demais. Eles devem ser expostos com sinalização que permita a visualização e o entendimento do consumidor, como painéis, etiquetas, indicadores laterais, frontais ou qualquer outro meio de impressão gráfica.
Descumprimento
O estabelecimento que violar a Lei 17.077 será penalizado com advertência por escrito na primeira autuação e receberá multa de R$ 1 mil por infração. Em caso de reincidência, ela será dobrada. Os recursos provenientes da arrecadação de multas serão recolhidos em favor do Fundo para Reconstrução de Bens Lesados, vinculado ao Ministério Público.
Nantes (FRA) - O Brasil disputou mais um jogo bastante difícil no Mundial Masculino de Handebol nesta terça-feira (17), em Nantes, na França. A Noruega, uma das escolas mais tradicionais da modalidade, impôs um duelo duro, com uma defesa eficiente, que neutralizou o ataque brasileiro. Ao mesmo tempo, o paredão da Seleção, desfalcado do armador Thiagus Petrus, não funcionou. O placar bem aberto já no final do primeiro tempo (13 a 18), foi ainda ampliado na segunda parte (26 a 39), deixando a equipe extremamente descontente com o desempenho no final.
A Prefeitura de Blumenau, por meio da Secretaria da Fazenda, já enviou para os Correios os 132 mil carnês do IPTU 2017. A previsão do órgão é que, a partir da próxima semana, comecem a ser feitas as entregas, que devem ser finalizadas, no máximo, no início de fevereiro.
Os descontos para quem pagar em cota única serão de 8%, com vencimento em 13 de fevereiro, ou 5% para vencimento em 13 de março. As pessoas que quitaram em dia em 2016 também terão o desconto de Bom Pagador, que representa 2% e já foi incluído pelo sistema no carnê.
A Central de Atendimento do IPTU vai funcionar de 30 de janeiro a 13 de março, das 8h ao meio-dia e das 13h30 às 17h, ao lado do Setor 3 do Parque Vila Germânica.
Texto: Julimar Pivatto
]]>Às 9h04' a Polícia Militar atendeu a uma ocorrência de furto a estabelecimento comercial na Rua Ari Barroso (Salto Norte), onde conforme relato do proprietário da empresa, ao chegar para o trabalho no dia de ontem encontrou a parede arrombada, após vistoria sentiu falta de duas bicicletas Caloi, avaliadas num valor aproximado de R$ 8 mil.
Lavrado o boletim de comunicação de ocorrência policial no local do fato.
]]>Às 11h36' a Polícia Militar atendeu a uma ocorrência de furto de um aparelho celular no centro da cidade, sendo que o marido da vítima monitorou o celular através do GPS, e este acusou sua localização na rua São Paulo n°421, momento este ava pelo local um sujeitocom as características do furto, que foi abordado e encontrado em poder do mesmo o referido aparelho.
O agente foi identificado com sendo T.C.S.H. de 29 anos. Ante o exposto foi dado voz de prisão ao mesmo e encaminho a Central de Policia para os devidos procedimentos.
]]>Às 18h16' a Polícia Militar atendeu a uma ocorrência de furto a residência na Rua Vladimir Hersog (Itoupava Central), onde a vítima relatou que ao chegar em casa encontrou o portão e a janela arrombada, ao entrar encontrou a casa toda revirada e vários eletrodomésticos foram furtados, sendo um microondas marca Ficher, uma coifa marca Ficher, um forno elétrico, uma TV 32” marca Sony e um Notebook 15” HP. Lavrado o boletim de comunicação de ocorrência policial no local do fato.
]]>Sexta de Dasa voltando no melhor estilo!!!
Com a Banda Nova Veneza e Dj Nathan NR fazendo a alegria da noite. Prepara a galera e se joga!
Masculino: R$15.
Feminino: Free até 00h00 - Após R$10.
Caipirinha em dobro pra elas até 00h00.
Abertura da casa 22h00. Chegue cedo, evite filas.
Proibida a entrada de menores de 18 anos.
Obrigatório à apresentação de documento com foto.
Valor sujeito a alterações.
I’m so fabulous!
Check out, I’m blonde
I’m skinny
I’m rich
And I’m a little bit of a bit**!
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Já estava na hora da gente dar trela em Blumenau né nón?
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A FABULOSA chega pra mesclar o Glamour do mundo Drag que tanto amamos com a essência do mundo alternativo, o resultado? Muita jogação!
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Aproveitando o clima inferninho da Queens, trouxemos uma proposta sexy selvagem pra pista mais agitada da cidade! Então seja sexy da sua maneira, se divirta e o melhor SEJA VOCÊ!
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E tem mais! Cata só como se faz pra deixar a noite ainda mais Fabulosa:
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╏Promo SHOTS DRINK $10 a noite toda!
╏⇝ POISON (Vodka, tequila e mix de framboesa)
╏⇝BELA ADORMECIDA (Vodka, curaçau blue e tequila)
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┏
╏PROMO COPÃO A NOITE TODA
╏⇝ Catuaba copo 300ml $12
╏⇝ Dose de Vodka + citrus R$15
┗
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⇝LineUp
✿ Dani Azevedo ✿
✿ Jessie Andrews ✿
✿ Safira Ishtar ✿
✿ Dacherexx ✿
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O que você ouve na FABULOSA?
⇝ POP, Trash, funk, Twerk e todos os batidões do momento!
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///Quanto?
⇝Lista: R$5 até 00:30hs pra quem confirmar presença no evento do Facebook até às 20h do dia da festa
⇝Sem lista: R$10 até 00:30hs | R$15 após
⇝Aceitamos cartão de débito e crédito.
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///Aniversariantes: Comemore seu aniversário conosco! A cada 15 amigos pagantes que entrarem em sua lista você ganha uma garrafa de vodka!
Contato: [email protected]
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///Open: 23:30hs. Evento para maiores de 18 anos. Obrigatória a apresentação de documento oficial com foto com menos de 10 anos de emissão.
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Queens - rua 7 de setembro, 990. Centro – BNU
Infos.: (47) 99260-2656 (47) 99954-5780
[email protected]
www.temtrela.com.br
~~ Verão 2017 Diwaly Sunset ~~
Dia 22/01 Domingo 08h - Itapema/SC
Line Up:
Manokass
Criminal Bass
Tiago Rosa
Puka
Rafael Carvalho
V.Lourenci
Jefe
Howtz
--Nomes na lista no mural do evento,
LISTA VÁLIDA ATÉ AS 13:00HRS.---
Masculino 30$
Feminino 10$
Promoter lista bônus e ingressos antecipados:
Natasha (48) 996510280
Taty Souza (47) 996141807
x Segurança x
Este estabelecimento em colaboração com a justiça e a saúde pública, não tolera o tráfico e o consumo de drogas em seu interior.
É extramemente proibido a entrada de menores de 18 anos.
Informações, reserva de mesa e camarote.
(47) 991097420
Local: Rua: 1202 N950 - Bairro: Ilhota - Itapema/SC. (400 metros após o Última Hora Pub)