Crianças e gestantes são os grupos com menor cobertura da vacina da gripe 5o45n

Tuesday, 15 May 2018 6q3o47
Em Santa Catarina, os grupos prioritários que mais se vacinaram foram os idosos (68,74%) e as puérperas 60%, ou seja, as mães que deram a luz há menos de 45 dias.
Crianças de até cinco anos e gestantes são os grupos com a menor cobertura da vacina contra a gripe em Santa Catarina. Mesmo com a mobilização em torno da realização do Dia D, no último sábado, 12, ainda não se chegou a uma cobertura de 50% da meta nestes grupos específicos.
De acordo com o balanço parcial divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Dive) extraído do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI), gestantes, com 34%, e crianças de seis meses a cinco anos de idade, com 37,4% foram os que menos procuraram a vacinação até o momento.
Em Santa Catarina, os grupos prioritários que mais se vacinaram foram os idosos (68,74%) e as puérperas 60%, ou seja, as mães que deram a luz há menos de 45 dias. A meta do Ministério da Saúde (MS) é alcançar uma cobertura vacinal de 90% nos grupos prioritários, que totalizam 1.844.225 de pessoas em Santa Catarina.
“O balanço até o momento é positivo, o que demonstra que a população pertencente aos grupos prioritários está procurando se vacinar de forma antecipada. Mas alertamos que a baixa procura por gestantes e crianças está preocupante”, informa Vanessa Vieira da Silva, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Imunização e DTHA da Dive. “É importante lembrar que a campanha continua até o dia 1º de junho”, finaliza Vanessa.
No sábado, 12 de maio, com o “Dia D” de mobilização da campanha nacional de vacinação contra a gripe, foi grande a procura às unidades de saúde da rede pública em todo o Estado. Desde o dia 23 de abril, quando a campanha foi iniciada em Santa Catarina, 953.611 pessoas já foram vacinadas.
Entre os grupos prioritários, em que se acompanha a cobertura vacinal (crianças entre seis meses e cinco anos de idade, trabalhadores de saúde, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e professores da rede pública e privada e idosos), foram aplicadas 747.972 o que equivale a uma cobertura de 54,5%. Outras 205.659 doses foram aplicadas em indivíduos portadores de doenças crônicas ou com condições clínicas especiais*.
A vacinação é apenas um dos pilares do tripé de combate a gripe. Os outros são a prevenção e o tratamento. A prevenção é adotar as medidas de higiene e da chamada etiqueta da tosse, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar locais fechados e com aglomerações de pessoas, cobrir o rosto com lenço descartável ou com o antebraço ao tossir e espirrar e manter os ambientes ventilados. O tratamento deve ser iniciado assim que forem identificados os primeiros sintomas da gripe, que são febre alta, tosse seca, e dores pelo corpo. Quando não tratada a tempo, a gripe pode evoluir para formas graves, como pneumonia, e levar à hospitalização e ao óbito. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
No site www.gripe.sc.gov.br, além de informações sobre a doença, as formas de prevenção e tratamento, há a lista completa das salas de vacina existentes em Santa Catarina, tanto da rede pública como das unidades privadas credenciadas pela Dive para comercializar as vacinas.
*Indivíduos que apresentem pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias; nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas; distúrbios metabólicos; transtornos neurológicos e do desenvolvimento (como epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre outros); obesidade; imunossupressão associada a medicamentos; neoplasias; HIV/AIDS ou outros e pacientes com tuberculose, de todas as formas.